Hoje iniciamos uma série de matérias onde falaremos mais sobre High BPM, iremos te contar sobre a história, as características das vertentes mais sombrias do Psytrance e indicações dos principais e os novos nomes que estão surgindo na cena. Começando com o Dark Psy, seguindo com o Forest, Hitech, Psycore e finalizando com o Experimental.
Ficou curioso? Então prepara o fone de ouvido e boa leitura!
DARK PSY
Tudo começou quando alguém decidiu mesclar o Hardstyle e o Goa Trance. O Hardstyle é caracterizado pelo uso de batidas duras acompanhados de baixos diferenciados, com um BPM mais alto/rápido e melodias simples, geralmente baseado em sons mais digitais e analógicos. Já o Goa Trance é uma vertente mais “orgânica”, tem toda a pegada psicodélica como base e dessa mistura nasceu o Dark Psy. Um dos primeiros projetos lançado foi do Xenomorph em 1997 pela Koyote Records
Mas foi só em 2004, quando o Kindzadza lançou o álbum Waves From Outer Space, pela Parvati Records, que o Dark Psy foi revolucionado e atraiu mais ouvintes.
O próprio projeto antigo da Luuli, o Facehead, tem muito peso no começo do Dark Psy.
Se você se permitir ouvir um pouco de cada, consegue perceber características similares entre eles como o som mais orgânico, psicodélico e com batidas mais secas, simples e aceleradas.
O Dark Psy manteve as suas características estruturais conforme os anos foram passando, as batidas simples, secas e aceleradas, como você pode perceber nessa track do Necropsycho de 2019 ou no álbum antigo da Facehead.
As melodias são bem diversas, podem ser influenciadas pelo terror.
Ou mais introspectiva e pesada. Os bpms são variados, existem tracks desde 154 até 200 bpms.
No geral, o primeiro contato com as vertentes do High BPM ou você ama ou você odeia. É um tipo de som que te desafia, porque nem todo mundo é acostumado a escutar músicas com melodias sinistras e batidas aceleradas, as tracks são mais pesadas e sombrias, é normal você ouvir falar sobre o som “noturno” justamente por ser o horário em que o High BPM se destaca nas festas. Atualmente vemos a mudança acontecendo aqui no Brasil com eventos voltados totalmente para esse estilo.
O Dark Psy é extremamente psicodélico e vai te conduzir na pista, mas de uma maneira completamente diferente do Full On, por exemplo. É um som mais reflexivo e introspectivo, pode te assustar e mostrar os seus piores medos por ser composto de um conteúdo mais pesado de algumas tracks. Pesado no sentido do cenário que a música te coloca quando você se entrega para ela.
É importante lembrar que música é arte e o objetivo principal da arte é transmitir e expressar o sentimento do artista e você está ali para fazer a sua interpretação disso. O som vai ser o mesmo para todos, o que vai mudar alguma coisa é a forma como isso vai ser recebido, pode te trazer felicidade ou uma vontade de sair correndo e não voltar mais, é desafiador porque independente da sensação ela vai ser intensa.
E para finalizar, uma playlist cheinha de tracks de Dark Psy que vai ser sempre atualizada com os últimos lançamentos.
Gostaríamos de agradecer Kzaya, o Bruno, o Santi e muitos outros que nos ajudaram a escrever esse artigo, sem eles ficaria muito difícil trazer tanta informação com qualidade para vocês.

Idealizadora da Hï BPM, Rafaela desenvolveu o projeto pois acredita que todos merecem e devem conhecer a essência do Psytrance, que é capaz de transformar a vida das pessoas, assim como fez com a sua!